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OS PADRÕES DE BELEZA:

REPRESENTATIVIDADE NA MÍDIA

Você passa por uma banca de jornal e olha as revistas femininas mensais enfileiradas. O que aparece nas capas? Se você nunca prestou muita atenção nisso, deixa eu resumir o que prova-velmente vai encontrar: alguma cele-bridade ou modelo com cabelo esvoa-çante, mas milimetricamente arruma-do, e... liso. Ou levemente ondulado. Pode ser que em uma ou duas capas durante o ano também apareça uma mulher cacheada, crespa ou ruiva. Afros, cabelo branco ou mulher care-ca? Bem improvável.

POR QUE ISSO IMPORTA?

A mídia é uma arma poderosa na hora de manter os padrões estéticos e influenciar o consumo de produtos de beleza. Quase tudo que somos ou desejamos ser é moldado pela socie-dade à nossa volta, pelas informações e referências estéticas do que vemos por aí. Então é preocupante quando o que vemos representado como exce-ção nas capas de revistas - cabelos crespos, brancos, com volume - seja tão comum nas ruas. É só lá que a diversidade dos cabelos é bem repre-sentada, mas isso não é o bastante.

Muitas mulheres não enxergam seus cabelos nessas revistas e tendem a pensar que eles não são bons. Bons o suficiente para estarem ali, chamar a atenção em uma capa, ganhar destaque. E então nós mudamos. Mudamos até estar próximo do que parece ser certo...

QUANTAS VEZES ELAS APRECEM

NAS CAPAS DE REVISTA?*

*FORAM ANALISADAS REVISTAS DE JANEIRO A DEZEMBRO DE 2015

PESQUISA: BRUNA EDUARDA BRITO // INFOGRÁFICO: WILLIAM NUNES

É claro que, atualmente, as revistas não são as únicas referências de beleza. A internet, por exemplo, tem dado espaço para diferentes mulheres e seus cabelos. Do afro ao liso, do cabelo rosa ao castanho. Cabelos de mulheres reais. Mas nas revistas, que passaram por uma construção cultural de longo prazo, os padrões ainda estão arraigados. E bem longe de mudar.

Por isso a representação da diversi-dade dos cabelos é tão importante para o empoderamento feminino. Ela nos dá o poder de saber que nossa aparência não é errada. Dá também a liberdade de escolha para mudar, mas só se quisermos, não porque não nos reconhecemos na sociedade. Nos dá o poder de ter o cabelo que quisermos.

POR BRUNA EDUARDA BRITO

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